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Legado do Inquebrável: Ascensão de Ryouma

AnzaiChorei
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Synopsis
Shin Ryouma, um jovem de um mundo moderno, encontra seu fim de forma inesperada. Ao despertar em um novo corpo no misterioso mundo de Douluo, ele logo percebe que a vida aqui será muito diferente. Armado com o vasto conhecimento que adquiriu ao ler todos os livros das lendas de Douluo Dalu, Ryouma sabe exatamente o que esperar — mas ele está pronto para mudar o destino que lhe foi imposto. No entanto, ao contrário dos outros, Ryouma descobre que é capaz de cultivar não apenas um, mas dois espíritos marciais, algo raro e enigmático. Com isso, ele ganha o acesso ao "Legado do Inquebrável", um sistema misterioso que não concede poder facilmente, mas sim a capacidade de se tornar mais forte com cada esforço, superando qualquer limite imposto. Enquanto ele luta para entender o funcionamento desse sistema e como desbloquear todo o seu potencial, Ryouma se encontra frente a frente com Tang San, um jovem prodígio que carrega consigo uma habilidade secreta. Ao lado de Tang San, Ryouma precisa decidir em qual caminho trilhar, mas sabe que seu destino não será apenas de amizade. Em um mundo onde apenas os mais fortes sobrevivem, Ryouma logo se verá forçado a tomar decisões difíceis e a enfrentar adversários que desafiarão cada fibra de seu ser. Com o Legado do Inquebrável, Ryouma está determinado a superar os desafios que o mundo de Douluo reserva. Mas, no futuro, ele sabe que seu destino está entrelaçado com o de Tang San — e seus caminhos podem se tornar inimigos. Será a busca pela força a chave para seu futuro? Ou a sede de poder os separará para sempre?
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Chapter 1 - Capítulo 1: A Morte de um Monstro Moderno

A chuva caía pesada sobre a cidade de vidro e aço. Relâmpagos cortavam o céu noturno, iluminando os prédios com silhuetas ameaçadoras. Nas ruas silenciosas, um jovem caminhava com passos firmes e olhos tão afiados quanto as lâminas que escondia sob o sobretudo preto.

Nome: Shin Ryouma.Idade: 18.Registro: inexistente.Origem: desconhecida.

Para o mundo, ele não passava de uma sombra. Para os poucos que o conheciam... era um fantasma. Um prodígio forjado desde a infância pela elite de uma organização oculta que nem o próprio governo ousava nomear. Ele havia sido treinado para ser um monstro — uma máquina perfeita de combate, espionagem, sobrevivência, infiltração, assassinato, estratégia, manipulação.

Mas ele não era só isso.

Durante as raras horas de folga, enfiava-se em fóruns de discussão, mergulhava em romances de fantasia chinesa, lia obsessivamente todas as gerações de Douluo Dalu. Era sua única válvula de escape. O único lugar onde ele não era uma ferramenta. Ali, ele era apenas mais um fã.

E ainda assim, mesmo entre os fãs, era diferente.

Sabia tudo. Teorizava, mapeava linhagens, previa movimentos, entendia as nuances dos personagens melhor que muitos autores. Tang San? Um gênio, sim. Mas ainda assim, preso a uma moralidade frágil. Um herói forçado a matar. Ryouma o admirava, mas também via suas falhas.

— Tang San sempre foi previsível... — murmurava às vezes, enquanto testava armas com precisão robótica. — Mesmo quando se tornava um deus, seguia as regras. O mundo de Douluo... precisava de alguém que quebrasse as regras.

Seus superiores diziam que ele era perigoso demais para conviver em sociedade. Ele dizia que eles estavam certos.

Naquela noite, uma missão havia dado errado. Não por erro dele — jamais errava — mas porque fora traído. O alvo não era um político corrupto. Era ele. Um "corte de contenção", disseram. Uma arma que sabia demais.

Agora, com múltiplos drones armados atrás de si, helicópteros cruzando os céus e atiradores cercando os prédios, Shin Ryouma corria em direção ao seu último plano: o suicídio planejado.

— Não vou morrer pelas mãos de covardes.

Ele chegou ao topo do prédio mais alto da cidade, olhou para as luzes lá embaixo. Sentiu o vento forte bater contra o rosto.

E então… riu.

— Será que existe outro mundo onde monstros como eu possam ser livres? Onde força e vontade possam ser tudo? Onde... eu não precise seguir ordens?

Fechou os olhos.

E pulou.

A morte foi rápida.

Ou deveria ter sido.

Mas não houve impacto. Nem dor. Nem escuridão eterna.

Houve… luz.

E vozes.

"Alma compatível detectada."

"Espírito fora do plano material — iniciando processo de sincronização dimensional."

"Destino divergente. Equilíbrio em risco. Aprovação forçada."

"Transferência iniciada: Mundo-Alvo — Douluo Dalu 1. Tempo: início da geração de Tang San."

O vazio se dissolveu. A consciência se dissolveu. Mas algo ficou: tudo o que ele sabia. Cada detalhe, cada personagem, cada arco narrativo. Era como se seu cérebro tivesse se fundido com os dados da obra.

E algo mais.

Uma energia antiga o envolveu. Densa. Primordial. Como se algo do próprio vazio o aceitasse como lar. Como se seu renascimento fosse mais do que uma transmigração — fosse um erro do próprio sistema cósmico.

Quando os olhos se abriram novamente, ele estava deitado em meio a uma floresta, sob um céu azul limpo, respirando o ar mais puro que já sentira.

Um corpo pequeno, jovem. No máximo seis anos.

— Hah… — sorriu. — Reencarnação isekai. Realmente aconteceu.

Ergueu-se, sentindo a energia espiritual pulsando levemente em seu corpo. Estava em Douluo. O ar, a gravidade, o cheiro da natureza, a ausência de tecnologia... tudo se encaixava.

Mas o mais impressionante estava em sua mente.

As memórias estavam todas lá.

E quando fechou os olhos, viu dentro de si dois focos de luz.

Um, negro e pulsante, como um abismo vivo. O outro, reluzente como ouro líquido, com runas que giravam em um padrão incompreensível.

Dois espíritos marciais.

Mesmo antes do despertar.

— Isso não aconteceu com Tang San. Ele só soube do martelo após o despertar. Mas eu... eu sou diferente.

Um sorriso cortou o rosto infantil de Shin Ryouma. Aquilo não era uma nova chance. Era um chamado.

— Se o céu escolheu Tang San para ser um deus… então alguém precisa ser o demônio que desafia o céu.

O mundo de Douluo não estava preparado para ele.

Mas ele estava pronto para Douluo.