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Capítulo— Espelhos e Labirintos
Prisão de Espelhos — Subterrâneos da Floresta Negra
Kátyra tremia. Suas mãos, presas a correntes encantadas, não tinham mais força. O tempo se tornara fluido ali — os dias e noites misturavam-se como água e sangue. Os Darxas vinham em silêncio. Falavam línguas que dilaceravam a mente. Erizy... às vezes vinha também e a violava ,Às vezes, ela não lembrava de ele ter vindo. Outras vezes, lembrava demais.
Seu corpo parecia intacto, mas sua alma estava fraturada em pedaços.
Naquela noite, algo mudou. Um sopro atravessou as runas que pulsavam em seu braço. As paredes da prisão tremeram, não com poder... mas com memória.
E então, ela caiu em um abismo interior.
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O Labirinto do Vínculo — Sonho de Tharion
Tharion vagava por corredores que mudavam de forma. Espelhos estilhaçados, caminhos de névoa, ecos de vozes distantes. Sentia dor em cada passo, como se seu corpo físico sangrasse no mundo real. Mas algo o chamava.
E então ele a viu.
Kátyra. Sentada no centro do labirinto. Envolta em luz pálida, coberta de sombras que tentavam agarrá-la.
Ele correu até ela.
— Kátyra!
Ela o viu, os olhos marejados — mas vivos.
— Você veio...
Ela tentou tocá-lo, mas sua mão tremia. As palavras lhe escapavam.
— Eles... me tomaram... algo... eu... não sei... — sua voz vacilava entre soluços e silêncio. — Não sei o que é sonho, o que é lembrança.
Tharion caiu de joelhos diante dela.
— Não diga nada. Só me olhe. Estou aqui.
Ela chorou. E nos braços dele, a prisão se dissolveu — e eles despertaram em outra parte da floresta.
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Cavernas das Cinzas Antigas — Madrugada
Não sabiam como haviam chegado ali. A magia do vínculo, talvez. Um espaço entre mundos, esquecido até pelos Darxas.
Havia um fogo tímido. Kátyra dormia encolhida, envolta pelo manto de Tharion. Ele não dormia. Apenas vigiava.
De vez em quando, os olhos dela se abriam. Ela dizia o nome dele, e ele respondia:
— Estou aqui.
E assim passaram a noite: um silêncio carregado de amor e dor, onde nenhuma palavra era suficiente para curar — mas a presença era tudo.
Por um momento ,toda dor desapareceu ,os corpos quentes e cheios de amor transbordaram,as mãos de Tharion deslizando sobre o corpo de Kátyra ,seus mamilos agora eretos e cheios de desejos .
Tharion estranha.
-Ela não parece inocente
Logo deixa suas mãos desligarem por todo corpo dela ,e massagear as partes ,fazendo a gemer de prazer.
Então o entrelace de dedos ,olhos nos olhos
E Kátyra sente sua ereção dentro dela ,o momento é quente .
E os dois finalmente encontram o ápice.
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Amanhecer — Encontro com o Norte
O som de cavalos e aço. O frio retornando. Kátyra ergueu os olhos quando uma voz ecoou pelo vale:
— KÁTYRA!
Dimitry desmontou antes mesmo que os outros pudessem ver com clareza. Correu até ela, ajoelhando-se no chão, segurando o rosto da filha como se não acreditasse.
— Minha filha... minha menina... — sua voz quebrava como vidro. — Eu cheguei tarde demais...
Ela o abraçou com força, e naquele instante, os dois choraram como pai e filha perdidos no tempo.
Então Dimitry viu Tharion. Sujo, ferido... de pé, à sombra da caverna.
Os olhos do príncipe gelaram.
— Você... você estava com ela. O tempo todo. — Seu tom mudou. Frio, desconfiado. — O que fez com a minha filha?
Tharion não respondeu. Manteve a postura firme, mas não desafiadora.
— Eu a protegi.
— Protegeu? — Dimitry se ergueu. — Ela está quebrada! Marcada por magias que você mesmo atraiu ao nosso reino! Por sua maldita presença, por seu sangue impuro!
Kátyra tentou intervir, mas estava fraca.
— Pai... ele me salvou...
— Basta! — gritou Dimitry. — Eu vim por você, Kátyra. Não por ele.
Tharion recuou um passo. Não por medo. Mas por respeito.
Dimitry se ajoelhou de novo diante da filha, como se o resto do mundo não importasse.
— Vamos levá-la para casa. Os ventos do Norte ainda sabem curar.
Tharion permaneceu nas sombras, sozinho. Sabia que aquele reencontro não era o seu final — era apenas o início do preço que teria de pagar por ter amado uma princesa destinada a sangrar por um reino.
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