O mundo começava a sentir a influência das novas cores do espectro emocional. Relatos de explosões de raiva inexplicáveis, ondas de cobiça repentina, cidades paralisadas pelo medo e momentos de esperança radiante se espalhavam pelos quatro cantos de Animus Aetherium. Os Lanternas Primais, ainda descobrindo a extensão de seus poderes, começavam a cruzar seus caminhos, nem sempre de forma amigável.
Ponto de Vista de Ash Ketchum (Lanterna Branco da Vida):
Ash sentia o calor reconfortante do Anel Branco enquanto curava um grupo de Pokémon selvagens que haviam se ferido em uma misteriosa explosão de energia vermelha. A vida que ele irradiava parecia restaurar suas energias e acalmar seu pavor. No entanto, ele também havia testemunhado cenas preocupantes: uma treinadora Pokémon dominada por um desejo incontrolável de capturar todos os Pokémon que via, ignorando seu bem-estar, e relatos de uma floresta vizinha mergulhada em um terror inexplicável, com os Pokémon selvagens fugindo de sombras que só existiam em suas mentes.
"Algo está acontecendo, Pikachu," Ash murmurou, acariciando a cabeça de seu parceiro. "Esses anéis... eles estão afetando as pessoas e os Pokémon de maneiras estranhas."
De repente, uma explosão de energia vermelha cortou o céu à distância. Uma onda de raiva crua atingiu Ash, fazendo Pikachu soltar um choque elétrico fraco. Intrigado e preocupado com o impacto dessa emoção nos seres vivos, Ash seguiu na direção da explosão, o Anel Branco brilhando intensamente, guiando-o para o epicentro da fúria. A vida pulsante no anel reagia à energia destrutiva à frente.
Ponto de Vista de Akuma No Kenji (Lanterna Vermelho da Raiva):
A raiva o consumia, o Anel Vermelho pulsando com cada lembrança da traição. Ele havia encontrado um grupo de caçadores Pokémon explorando uma área protegida e sua fúria explodiu, transformando-se em construtos de energia vermelha que os subjugavam impiedosamente. A satisfação era momentânea, logo substituída por um vazio implacável. A vida dos Pokémon ali presentes parecia insignificante diante de sua sede de vingança contra aqueles que o haviam prejudicado no passado.
Enquanto se preparava para partir, uma figura surgiu no céu, envolta em uma aura branca brilhante. Era um jovem, acompanhado de um Pikachu, e ele irradiava uma energia vital que contrastava fortemente com sua fúria.
"Você precisa parar!" o garoto de branco exclamou, sua voz carregada de preocupação pela vida dos caçadores e dos Pokémon. "Essa raiva está destruindo tudo!"
Kenji zombou. "Destruir? Eles merecem! O mundo tira, e eu irei tirar de volta."
O choque entre a fúria vermelha e a vida branca era palpável, o início de um conflito inevitável.
Ponto de Vista de Obi no Akumu (Lanterna Amarelo do Medo):
Obi no Akumu se deleitava no terror que emanava do Anel Amarelo. Em uma cidade isolada, ele havia tecido ilusões sombrias, materializando os piores medos dos habitantes. Gritos ecoavam pelas ruas desertas enquanto as pessoas fugiam de monstros que só existiam em suas mentes.
De repente, uma onda de energia laranja tentou engolfar suas ilusões. Uma figura grotesca, adornada com inúmeros objetos roubados e envolta em uma aura de cobiça, surgiu diante dele.
"Afaste-se!" rosnou Gouyoku no Shosha. "Este medo é meu! Todos os sentimentos desta cidade me pertencem!"
O medo amarelo confrontava a avareza laranja, um choque entre a exploração das inseguranças e a possessão das emoções.
Ponto de Vista de Kogane no Yorokobi (Lanterna Dourado da Felicidade):
Em contraste com o caos crescente, Kogane no Yorokobi tentava espalhar alegria. Com seu Anel Dourado, ele criava pequenas bolhas de felicidade que flutuavam pelas cidades, trazendo sorrisos momentâneos aos rostos cansados. Ele curava pequenos ferimentos com toques de energia dourada e compartilhava sua alegria contagiante.
No entanto, ele também presenciava a escuridão: a raiva destrutiva, a ganância egoísta e o medo paralisante. Ele sentia a necessidade de equilibrar essas emoções, de mostrar que a felicidade também era uma força poderosa.
Ponto de Vista de Zestial (Observador Cósmico):
De seu plano de existência, Zestial observava o despertar dos Lanternas Primais com um brilho nos olhos. O caos inicial era esperado, parte do "teste" das emoções. Ele via o choque entre a esperança e a raiva, o medo e a avareza, e as outras cores do espectro começando a interagir.
"O equilíbrio está se formando," Zestial murmurou para si mesmo. "As emoções precisam se confrontar, se entender e, eventualmente, encontrar seu lugar na tapeçaria do universo."
Ele sabia que o caminho seria turbulento, mas cada interação, cada conflito, era um passo necessário para a realização de seu plano. Os Lanternas Primais eram as peças-chave, e o "mundo experimento" era o tabuleiro onde seu destino seria traçado.